segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Gostava de ter todo o tempo do mundo para escrever para ti, meu amor

Há uma altura que chega, vinda do nada e sabe-se lá quando dá um ar de sua graça, em que nos apetece enfiar o nosso amor no bolso,pô-lo na carteira junto ao Cartão do Cidadão ou ao Cartão de Crédito, usá-lo como pregadeira para enfeitar uma camisa ou um casaco, transformá-lo em desenho animado e passar a vida em frente à televisão como uma criança, escrever-lhe cartas em que ele seria a própria carta.
Apetece-nos transformar o amor em algo físico, material, algo que se possa usar sempre, como se faz com o C.C. que está sempre na carteira.

Eu quero fazer de ti uma miniatura para que possa levar-te todos os dias, a toda a hora, para Santiago, para Alcoitão, comigo, junto a mim, dentro da minha mala ou enfiado no meu bolso.

- No coração já tu estás há um ano. E ninguém de lá te tira.

És a minha vida,
Quero-te para sempre,
Mais que para sempre!